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O equilíbrio entre trabalho e família é um desafio comum no mundo atual. À medida que as exigências profissionais e pessoais se entrelaçam, é crucial entender a importância dessa harmonia no bem-estar laboral e na prevenção do burnout.
O burnout, um estado de exaustão física, emocional e mental causado pelo excesso de stress no trabalho, tem sido cada vez mais reconhecido como um problema sério na nossa sociedade.
Um estudo publicado no “Journal of Applied Psychology”, 2011, Greenhaus e Allen, definiram o equilíbrio trabalho-família como “as exigências do trabalho e família são compatíveis e promovem um bem-estar mútuo”. Manter esse equilíbrio é fundamental para o bem-estar individual e familiar, bem como para a saúde das organizações.
Excesso de carga horária, prazos de entrega apertados, viagens frequentes a trabalho, falta de apoio organizacional são alguns dos motivos que causam fadiga, pressão e burnout. Vamos analisar algumas causas que contribuem para o desequilíbrio trabalho-família.
Estudos, como o realizado por Virtanen et al. (2018) e publicado na revista “The Lancet”, demonstraram que o excesso de carga horária laboral encontra-se associada a um maior risco de desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. O tempo excessivo gasto no trabalho resulta, muitas vezes, numa falta de tempo e energia para a família e atividades pessoais.
Pesquisas conduzidas por Sianoja et al. (2014), publicadas no “Journal of Occupational Health Psychology”, demostraram que a pressão causada pelos prazos de entrega apertados criam tensão adicional nos profissionais, interferindo no tempo para compromissos e responsabilidades familiares.
O estudo de McNall et al. (2015), presente no “Journal of Vocational Behavior”, identificou que profissionais que viajam a trabalho, com frequência, enfrentam desafios significativos para manter o equilíbrio trabalho-família. A separação física da família pode gerar sentimentos de tristeza e desgaste emocional.
A pesquisa de Brummelhuis e Bakker (2012), publicada no “Journal of Vocational Behavior”, destacou que a falta de apoio por parte das organizações, como a ausência de programas de licença parental remunerada, flexibilidade de horários e programas de bem-estar, aumentam a probabilidade do desequilíbrio trabalho-família. Os profissionais sentem-se sobrecarregados quando a empresa não oferece recursos para ajudá-los a conciliar as responsabilidades familiares e profissionais.
Estudos recentes, como o de Ragu-Nathan et al. (2008), publicado na “MIS Quarterly”, destacam que a hiperconectividade digital aumenta as exigências laborais em horários não convencionais. Torna-se difícil para as pessoas desconectar-se do trabalho, prejudicando o ambiente familiar.
A cultura da empresa desempenha um papel importante na prevenção do burnout. Um estudo de Eby et al. (2005), publicado no “Journal of Applied Psychology”, mostrou que as organizações que valorizam e promovem ativamente o equilíbrio entre trabalho e família tendem a ter funcionários mais satisfeitos e menos propensos ao burnout.
Pesquisas como a de Kossek e Lautsch (2018), publicada na revista “Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior”, evidenciam que as expectativas sociais e de género também desempenham um papel significativo no desequilíbrio entre trabalho e família. As mulheres, por exemplo, enfrentam pressões adicionais para equilibrar as suas carreiras com responsabilidades familiares.
O desequilíbrio entre trabalho e família é uma questão complexa, influenciada por uma variedade de fatores que se encontram inter-relacionados. Compreender as causas é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção do burnout e promoção do bem-estar laboral.
Estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. Não verificar e-mails fora do horário laboral ajuda a preservar o tempo para a família e atividades pessoais.
Utilizar técnicas de gestão do tempo, como a Matriz de Eisenhower, na priorização e importância de tarefas laborais ajuda na redução do stress.
Uma comunicação aberta e honesta com o chefe sobre as necessidades pessoais e familiares pode levar a acordos e horários de trabalho flexíveis.
Estabelecer “horários de desconexão” e limitar o uso de dispositivos eletrónicos após o horário laboral ajuda a evitar a invasão do trabalho na vida pessoal.
Priorizar o autocuidado é fundamental! Tempo para si próprio, saber desacelerar, reconhecer o desgaste, praticar exercício físico com regularidade, meditação, sono reparador e nutrição saudável são algumas técnicas que ajudam na redução do stress e prevenção do burnout.
Horários flexíveis ou a opção de trabalho remoto permite aos funcionários maior equilíbrio entre responsabilidades profissionais e necessidades familiares.
Implementar programas de apoio familiar, como subsídios para cuidados infantis e creches, ajuda os pais a equilibrar as suas obrigações familiares e profissionais.
Oferecer licenças parentais remuneradas e incentivar os pais a tirar licenças para cuidar dos filhos recém-nascidos pode melhorar o equilíbrio entre trabalho e família.
Formação em gestão do stress e consciencialização da importância da saúde mental dos profissionais são estratégias eficazes para lidar com o burnout.
Promover uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre trabalho e família, reconhecendo e recompensando os seus colaboradores, cria um ambiente mais saudável e produtivo.
Disponibilizar serviços de apoio psicológico a funcionários que enfrentam desafios no equilíbrio entre trabalho-família.
Estas estratégias devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada pessoa e organização. Mas uma coisa temos a certeza, promover um ambiente que valorize o equilíbrio entre trabalho e família não apenas melhora o bem-estar dos profissionais, mas também aumenta a produtividade e a satisfação no trabalho.
O equilíbrio entre trabalho e família desempenha um papel crucial na prevenção do burnout e bem-estar laboral. À medida que as pressões profissionais aumentam, é imperativo reconhecer a importância do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. O investimento em estratégias de apoio e políticas organizacionais que promovam esse equilíbrio não apenas beneficia os trabalhadores, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo!
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